quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Seminário: Garcia D' Ávila e a colonização de Sergipe

O seminário foi ministrado por Grécia Maria, Jorge dos Santos, José Sousa e Tony Alan.  A apresentação do seminário foi realizada na terça- feira, 22 de novembro de 2011, na Didática três na sala 110, no horário das 19h e 55min ás 20h e 25min.
O grupo utilizou os seguintes recursos na apresentação: Vídeo, data-show, notebook, apresentação oral, painel e folder.
Os objetivos tratados no seminário foram conhecer a biografia de Garcia D’Ávila, a importância da casa da torre e o papel de Garcia D’Ávila na colonização de Sergipe.
O grupo explicou que Garcia D’Ávila é natural da região de Rates, Portugal, chegou à Bahia em 29 de março de 1549, com Tomé de Sousa - primeiro governador geral do Brasil, sendo nomeado, no primeiro dia de junho, "feitor e almoxarife da Cidade do Salvador e da Alfândega".
Certos funcionários aceitaram cargos sem ordenado, arriscando-se a viver dos azares do negócio, tendo apenas "os prós e percalços que lhes diretamente pertencerem". Este foi o caso de Garcia d'Ávila, "criado" ou protegido de Tomé de Sousa. Como os soldos e serviços eram pagos geralmente em mercadorias e muito raramente em dinheiro, Garcia d'Ávila recebeu, em 15 de junho, seu primeiro pagamento - duas vacas, por 4$, assim começando sua longa jornada de sucesso.
Pelo esforço austero e inexcedível energia, durante a construção da Capital, Garcia d'Ávila foi recompensado com terras de Sesmarias, instalando-se inicialmente em Itapagipe, depois em Itapoã e Tauapara, vindo a se tornar o primeiro Bandeirante do Norte.
Ao morrer, em 22 de maio de 1609, era Garcia d'Ávila o maior potentado da Colônia e, como vereador do Senado da Câmara, foi considerado uma das mais importantes individualidades políticas do seu tempo.
Em relação à Casa da Torre o grupo explicou que no Nordeste do Brasil, litoral norte do Estado da Bahia encontra-se as imponentes Ruínas do Castelo da Torre de Garcia d'Ávila, principal sede do morgado da Torre, também conhecido como Castelo Garcia d'Ávila, Torre de Garcia d'Ávila, Solar da Torre, ou Torre de Tatuapara ou ainda chamado de Casa da Torre.
Exemplar único de Castelo em estilo medieval construído na América, conforme Borges de Barros, foi a sede do maior latifúndio do mundo, dentro de uma área equivalente a 1/10 do território brasileiro, o que equivale às áreas de Portugal, Espanha, Holanda, Itália e Suíça, somadas.
O Castelo da Torre foi a principal sede da Casa da Torre de Garcia d'Ávila, onde se sucederam dez gerações, por três séculos. Sua história está registrada na conquista e no povoamento dos sertões do Nordeste do Brasil, participando da defesa da terra e da expulsão de piratas e invasores estrangeiros, assim como das lutas, havidas na Bahia, pela Independência e constituição do Império do Brasil.
Em relação ao fim do  morgado o grupo explicou que  com a morte, a 5 de dezembro de 1852, do Visconde da Torre de Garcia d'Ávila - último Senhor e Morgado da Torre -, já extinto o regime de Morgadio no Brasil desde 1835, não houve sucessão do Morgado, nem de seus anexos, por não mais existirem os vínculos.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Relatório de Viagem ao Castelo Garcia D'Ávila


O destino da viagem foi ao Castelo Garcia D’Ávila, realizada no Sábado, 19 de novembro de 2011, pela Disciplina Temas de História de Sergipe I, ministrada pelo Professor Antônio Lindvaldo Souza.
O Castelo da Torre de Garcia D'Ávila localiza-se no acesso à Praia do Forte, município de Mata de São João, a 80 km de Salvador, Bahia. Restaurando em 2002, o monumento histórico é mantido por uma fundação, voltada para o desenvolvimento sustentado e para a qualidade de vida da região.

                                                         Maquete da Casa da Torre

O Castelo da Torre é considerado a primeira grande edificação portuguesa construída no Brasil, foi erguido a partir de 1551 por Garcia de Souza D’Ávila, filho de Tomé de Souza, primeiro governador geral do Brasil. O conjunto residencial-militar é formado pelas ruínas do Castelo, com sua Torre e seus anexos. Na cúpula da capela restaurada foi encontrada a pintura original, que foi recomposta.

Garcia chega no Brasil em 25 de março de 1549, em uma expedição de Tomé de Souza, chega a Bahia e se torna almoxarife e ganha as sesmarias  cujo muitos índios, foram dizimados para se ter essas terras e é onde se construiu a Casa da Torre. Estas terras pertencentes à casa da Torre eram sesmarias de vários estados do Nordeste, inclusive Sergipe grande monopólio, tornando a população livre dependeste destes latifundiários que por gerações deteve uma grande área territorial, poder econômico, político e bélico, e territórios vizinhos tornam-se dependentes da Casa da Torre. A Casa da Torre começa a ser construída em 1551 pelo 1° Garcia d’Ávila, sendo concluída em 1624 pelo seu neto Francisco Dias de Ávila Caramurú. Ela servia como ponto de vigilância da Costa, parada estratégica para descanso e abastecimento de tropas. Foi a primeira grande edificação portuguesa construída no Brasil e sede do maior latifúndio do mundo. Considerada um símbolo de poder, passado de geração para geração através do morgado e toda sua construção está ligada a interesses políticos. É uma construção arquitetônica bem sofisticada. O castelo foi alvo de invasões holandesas, e abandonado no século XIX.




Seminário: Literatura e Colonização de Sergipe



O seminário foi ministrado por Magno Costa, Maria Aline Matos, Mayara Santos, Mislene Batista, Taís Danielle e Luciano Filho. A apresentação do seminário foi realizada na quinta-feira, 17 de novembro de 2011, na Didática três na sala 110, no horário das 19h e 57min às 20h e 49min.
O grupo utilizou os seguintes recursos na apresentação: Vídeo, apresentação oral, folder.
O grupo explicou sobre o livro “A Fúria da Raça” escrita por Ilma Fonte Mendes, possui 306 páginas, por se tratar de roteiro cinematográfico está dividido em cenas em vez de capítulos. Nas cenas podem ocorrer diálogos entre os personagens, ou então a descrição dos cenários e ou dos personagens que atuam em silêncio. A linguagem utilizada pela autora é simples e de fácil entendimento, além de se tratar de uma leitura atrativa e empolgante.
A Fúria da Raça relata detalhadamente os primeiros passos dos jesuítas que tinham o intuito de converter os povos do novo mundo e assim garantir a expansão do decadente catolicismo. A contra reforma aproveitou para ganhar forças catequizando os esquecidos índios do novo mundo, através dos jesuítas que levariam a palavra de deus. O roteiro mostra dois jesuítas que lutam bravamente contra as dificuldades impostas por índios indomáveis, por portugueses que buscam escravos e por fazendeiros que vêem neles uma ameaça à colonização de Sergipe. Os jesuítas vendo os índios cativos serem escravizados pelos portugueses tentam a todo modo evitar o fato e chegam até a mandar cartas ao rei de Portugal e ao governador da província para que estes possibilitem a conquista da terra pela catequese e não pela espada. Dois novos jesuítas chegam a ser mandados pelo governador da província para intensificar a catequese, mas estes são mortos pelos índios rebelados já que estes não confiavam mais nos padres e os viam como porta vozes dos portugueses, apenas interessados em escravizá-los.
O roteiro retrata bem a relação entre os índios, os fazendeiros e os jesuítas. Como a criação de gado não era tanto lucrativa, os fazendeiros buscavam enriquecer com o tráfico de índios da região. Porém os jesuítas os protegiam nas aldeias, deixando os patrícios furiosos. Estes viam os padres da santa fé como um empecilho à colonização da região e os queriam fora, chegando a apelar com cartas ao governador, o mesmo fazendo os padres. Os jesuítas sabiam desse interesse pelo tráfico escravocrata e intensificavam a proteção aos índios, criando um conflito que resultou no extermínio de milhares deles. Após o assassinato dos dois novos padres jesuítas e de 150 soldados pelos índios rebelados, Cristóvão de Barros é enviado no comando de uma tropa que extermina as aldeias de Aperipê e Serigy, que eram os mais temidos da região. Dessa maneira, o território de Sergipe estava livre para a colonização portuguesa e para o domínio dos patrícios.
Os costumes nas aldeias indígenas e a relação destas com os portugueses e com os jesuítas são notados ao decorrer do roteiro Apesar dos padres sempre estarem contra o aprisionamento dos indígenas, estes começam a perder a confiança neles quando se vêem aprisionados pelos portugueses e relacionam os jesuítas como traidores. Ao notarem que os portugueses reuniam uma imensa tropa para invadir seu território, as aldeias começam a se juntar ao foco de maior resistência que era Aperipê, o temido chefe da resistência. Apesar da união de forças, grande parte dos indígenas é dizimada pelo exército de Cristóvão de Barros e restante é escravizado, dando início assim a colonização de Sergipe.
A autora mostra-se bem interada no assunto acerca a colonização sergipana e as problemáticas e conflitos dos primeiros habitantes. Enfatizou bem os costumes indígenas e como eles lidavam com a invasão européia em suas terras, mostra também a bravura e a resistência por qual persistiram. Uma obra delicada e sensível, sendo certamente neutra em relação a qualquer interesse e com o intuito certeiro em contribuir para um melhor entendimento histórico de Sergipe.
 Sobre Ilma Fontes, ela e Psiquiatra e Legista trocou a Medicina por Jornalismo, Cinema e Ativismo Cultural. Seu currículo tem diversas páginas de prêmios e atividades em diversas áreas. Livros escritos por Ilma: “Melhor de Três – Roteiros para Cinema” /1987 e “A Fúria da Raça” – Roteiro para Seriado de TV (1997). Escreveu, produziu e dirigiu junto com Yoya Wurch os filmes: “Arcanos (O Jogo)” (1980) e “O Beijo” (1980). Produtora, roteirista e diretora do curta “A Taieira” (1986), do seriado de TV “A Última Semana de Lampião” (1986). Dirigiu o Departamento de Produção da TV Educativa de Sergipe (1984/1987), onde fez inúmeros documentários e direção de cinco programas semanais: TeleSaudade, Primeira Chamada, Som-Vídeo, Aperipê Especial e Forró no Asfalto, além de produzir e dirigir todos os vetes institucionais da TV Aperipê; Prêmio Anchieta de Teatro – Festival Nacional de São Mateus/ES – “A Fina-Flor”, em parceria com Yoya Wurch, com quem roteirizou o filme “Minha Vida em Suas Mãos” – longa-metragem filmado e lançado no Rio/2001, produzido e protagonizado por Maria Zilda Betlhem. Presidente do Conselho Municipal de Cultura (1995), Presidente da Funcaju (1996), Vice-Presidente do Conselho Municipal de Cultura (1997), Membro do Conselho Estadual de Cultura (2001-2005), Membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (2003-2004). Prêmio ASI de Direção de Teatro/1995 com a peça “As Criadas”, de Jean Genet. Prêmio Arlequim de Mármore/UFS/1995, Direção de “As Criadas”; Sócia fundadora e Vice-Presidente da AMART – Associação Amigos da Arte, Fundadora/Editora do Jornal O Capital (que circula desde 1991), e que foi considerado “The Best of the World Journal Cultural” pelo IWA/EUA/1995. Senadora da Cultura pelo Congresso da Sociedade de Cultura Latina - Seção Brasil/SP, diplomada em 11 de maio de 2004.
FONTE: http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/obrasdigitais/saciedigpv/08/ilfontes05.php

domingo, 13 de novembro de 2011

Aula 20: A cidade de São Cristóvão

Definir a verdadeira função dos núcleos de povoamento no processo de colonização de Sergipe tem sido o interesse de  alguns historiadores que se dedicaram a estudar esse período. Os historiadores como, Capistrano de Abreu, Sérgio Buarque de Holanda, João Ribeiro encaram os núcleos de povoamento com a mesma análise economicista, já que não havia uma intensa atividade econômica nas áreas urbanas, essas eram consideradas como apêndices do engenho, portadoras de um aparelho burocrático do estado,  a serviço dos produtores da cana-de-açúcar. Segundo o historiador Raminelli os núcleos de povoamento, não podem ficar presos a visão economicista, tornando-se necessário atentar para o papel importante desempenhado pelos núcleos de povoamento na expansão da cristandade, o que justifica a presença de diversas igrejas de diferentes ordens, e para o estabelecimento de uma ordem moral a fim de combater a anarquia, tal fato fica evidente com a presença das forcas e pelourinhos. Podemos dizer que os núcleos de povoamento, também funcionavam como uma fortaleza militar, combatendo o invasor e auxiliando na conquista de novos territórios.

Aula 19: Beatriz Góis Dantas e os índios em Sergipe

Beatriz Góis Dantas foi professora do departamento de Antropologia da Universidade Federal de Sergipe, graduada em Geografia e História e com Mestrado em Antropologia Social pela Unicamp.

Os acontecimentos passados de Sergipe sempre foi o foco de suas pesquisas - O folclore, as formas populares, cultura indígena; ela publicou vários livros, e também participou de vários trabalhos em parceria, por exemplo, o livro - Trechos da História de Sergipe - com um capítulo escrito por ela, onde ela desenvolveu uma pesquisa sobre o que teria acontecido com os nativos sergipanos no século XIX; essa era uma lacuna na historiografia do estado.

Havia no século XIX 5 aldeias indígenas que desapareceram das documentações oficiais e nada fora escrito sobre elas, sobre o que teria acontecido com elas. Beatriz no final dos anos 60 e começo dos anos 70 partiu para os arquivos no - Arquivo Histórico de Sergipe - com alguns dos seus abnegados alunos, pois nessa época ainda não existiam bolsas para pesquisas, o arquivo histórico era apenas um amontoado de documentos que a partir do trabalho dela e dos seus alunos, foram organizados e catalogados e revelaram uma importante documentação sobre os nativos em Sergipe.

Beatriz desejava que os índios fossem o próprio objeto de estudo e não um elemento secundário, selvagem que emperra o processo colonizador, ela descobriu nesses arquivos, que foram levados missionários para as aldeias e eles passaram a catequizar os nativos e a silenciar, aculturar os indígenas. Essa aculturação fez parte de um projeto maior de tomada da terra, pois essas terras estavam em boas condições para o plantio da cana-de-açúcar. O governo baixou um decreto a partir dessa época dizendo que os índios eram misturados, que não havia índios em Sergipe eles eram apenas caboclos (mistura de branco com índio).

Essa pesquisa teve um aspecto prático de devolver a identidade de vários grupos na década de 70 do século XX, e Sergipe passou a ter uma tradição em pesquisas sobre os índios e na catalogação de documentos revelando esse aspecto tão importante para a nossa cultura.

Aula 18: O papel não pode ficar branco: fúria, acordos e acomodação

O texto tende a mostrar o outro lado dos indígenas. Como o título diz os índios não ficaram quietos diante da dominação dos portugueses, ao mesmo tempo em que tinha índios que estavam em fúria, tiveram aqueles que entraram em acordo para não morrerem tal como, aqueles que se acomodaram, achando que nada aconteceria. Assim, não se pode afirmar que apenas existia fúria, assim como acordos, nem acomodações, porém um misto das três.
 Em seu desenvolvimento, o texto fala a respeito da fúria desses povos contra a investida de Brito nas missões jesuítas, assim como fala dos principais que se destacaram na luta na defesa das tribos, entre eles, cita "Surubi", "Aperipê", "Serigi".
Um outro destaque é referente ao principal Baepeba, no ano de 1590, na "Guerra Justa", liderou 20 mil índios, entre outros caciques, assim como menciona sobre outros como: Japaratuba e Pacatuba.Um dos principais assuntos do texto é sobre a vida e obra de Ilma Fontes, sendo ela uma das mais ricas bagagens intelectuais do estado, sua tradição vinculada às artes, bem devido aos seu pertencimento a uma família de artistas, sobre tudo de escritores e poetas.Fontes é a responsável pelo livro "A Fúria da Raça", que aborda a resistência do indígena sergipano, numa linguagem artística. O livro, é de natureza cinematográfica, foi feito para ser um seriado de TV, porém, como não se concretizou transformou-se num livro. Enfim, o texto é um complemento para o último que foi estudado e nos informa que os nativos não se mantiveram passivos, e lutaram com todas as forças contra a dominação dos portugueses e contra eles, cometeram genocídios e o etnocídio contra os dominados.

Aula 17: A coroa e o projeto de pacificação do território

 Nessa aula, o enfoque principal foi um dos eventos mais violentos da história sergipana, a "guerra justa", que objetivava a conquista do território, além disso, vemos que a chegada da civilização cristã era importante para a região, porém, o método de propor tais intenções eram diferentes, enquanto os jesuítas "usavam o evangelho"; os criadores de gado adotavam a captura de escravos e ocupar o território para obter boas pastagens.
O texto nos informa de Luiz de Brito que concedeu a Garcia d' Ávila poder sobre as terras até o Rio Real, no mesmo período que os jesuítas exerciam seu poder evangelizador sobre os índios. Em seu desejo, o proprietário da casa da torre, tinha interesse em tornar daquelas terras até o Rio Real em pastagens para o seu gado. Além dessa informação, o texto nos situa nesse período tenso, entre catequese e outros interesses na localidade, medo dos índios referente aos brancos e as conseqüências desse encontro se manifesta através de epidemias de varíola e sarampo que os assolou.
Os escritos trás novamente referência a Lourenço que não deixava escravizar os índios do Rio Real e o meio mais rápido seria decretar uma guerra justa contra o Gentil, também fomos situados da situação governamental da União Ibérica (governada por Felipe II) que governava Portugal e nesse contexto, estudamos a importância de Cristovão de Barros para essa dita guerra que ocasionou muitas mortes e captura de índios, assim como afugentou os franceses que mantinham uma espécie de aliança comercial com o tupinambá.

Aula 16: Em nome da civilização cristã

A conquista de a Sergipe vai ser em nome do “rei” e em nome de “cristo”. A aula aborta os criadores de gado, colonizador português. O estado português tem uma característica distinta da herança medieval. O estado português não é um estado laico, ou seja, não é separada da igreja como na Itália. Outra característica do estado português é que ele possui um “catolicismo de guerra”. Já os jesuítas possuem um “catolicismo penitencial”, ou seja, é a idéia da dor, do cristo morto na cruz.
O texto diz que segundo a pesquisadora Lilian da Fonseca Salomão, Sergipe permaneceu durante muito tempo como uma “dobradiça” entre a capitania da Bahia e Pernambuco, ou seja, ao ser descoberto, o território sergipano era considerado muito proveitoso aos engenhos e fazendas da Bahia e Pernambuco, pois havia bons currais para a criação de gado, além do beneficio da produção açucareira. Portanto Salomão, não estar menosprezando Sergipe, ela esta encontrando a importância de Sergipe no contexto da história do Brasil.

Aula 15: A "praticidade" e o "despertar" do português

Nesta aula percebemos que existe uma igualdade e diferença entre “jesuítas” e “criadores de gado”, a igualdade e que os dois são “portugueses”, e a diferença entre eles e que cada um deles vivem em seu próprio mundo.
Em minha concepção, ao que se diz no tópico "o índio” o texto fala da maneira que os franceses e portugueses enxergavam o índio e isso pode ser expressado em duas palavras: "diferente e semelhante".Aos olhos dos franceses, eles enxergam os índios como uma cultura oposta a sua, os franceses tinham a idéia de que ales já foram como os índios, ou seja, a idéia de ser “primitivo”.

Aula 14: A carta de Tolosa- Parte III (Final)

A carta de Tolosa- Parte III percebemos logo no início, uma descrição do autor sobre a região do ponto de vista natural, mostrando as dificuldades encontradas pelos jesuítas em transpor o caminho por muitas vezes com montanhas, penhascos, ervas cortantes e atoleiros. Em relação a este trecho, termos uma base de como era geograficamente à região. A alimentação dos nativos era variada, e incluíam-se vários alimentos como: as bananas, farinha molhada em água, pimenta, frutas etc.
Ao relata a visita de Lourenço a aldeia do Surubi, Tolosa deixa explícito que é da vontade dos índios que se construam Igrejas e descreve como elas eram feitas: de palha e madeira.
Assim como nas outras partes da Carta que vimos anteriormente, é a clara a preocupação de Tolosa em propagandear o sucesso das missões. Aos poucos o que percebemos é um etnocídio das culturas indígenas que paulatinamente vão sendo substituídas pelo modo de ser cristão dos jesuítas.
A carta mostra a prática, com sucesso, das decisões tomadas no Concílio de Trento na região do rio Real, entre uma delas: Expandir o Catolicismo. A carta termina com um tom otimista, o autor mostra que apesar de todas as dificuldades, as missões que Lourenço desempenhava na região do rio Real em direção ao rio São Francisco estavam obtendo sucesso, e que sendo assim, estas deveriam continuar, pois seria a melhor forma de colonizar o território.

Aula 13: A carta de Tolosa- Parte II

A carta de Tolosa- Parte II vemos as ações dos jesuítas. Lourenço edifica a igreja de São Thomé, a primeira nas missões do rio Real.
Percebemos que símbolos e rituais do mundo católico estão sendo inseridos no mundo dos primeiros habitantes. Como por exemplo, a igreja e a cruz, percebemos assim que uma cultural material começa a emergir no cotidianos dos nossos primeiros habitantes. O cristianismo aos poucos vai sendo inserido no cotidiano dos índios.
Tolosa deixa claro a fama que Lourenço tinha entre os índios e sua capacidade de pacificar, além disso, mostra que é positivo e de grande importância para a colonização a presença da Companhia de Jesus naquele território.
Nesta carta percebemos trechos que mostram a resistência às missões. Estes que são contrários à expansão do cristianismo é apontado pelo autor como demônio, no caso os fazendeiros, criadores de gado e alguns índios.
No entanto Tolosa tenta mostrar que esta resistência era de uma minoria. A carta de Tolosa enfoca “o batismo” como sendo outra importante atividade desenvolvida pelos missionários.

Aula 12: A carta de Tolosa como documento histórico: reflexão I

Este carta foi escrita por um jesuíta que registrou as missões de Gaspar Lourenço em 1575. É importante percebemos que quem escreve a carta é um homem de carne e osso e que ele está interagindo com o seu mundo.
Fica explícito na carta o desejo de edificar as missões jesuítas, mostrando que apesar de todas as dificuldades, seja com o índio, com o criador de gado, ou até mesmo com a própria natureza, os jesuítas sempre dão um jeito de contornar a situação, até porque devemos ficar atentos ao fato que esta carta está sendo escrita para a coroa portuguesa, e por isso tenta mostrar que o trabalho dos jesuítas com os índios é a melhor maneira de colonizar o território.
Segundo a carta, as missões começam em fevereiro de 1575. Os jesuítas encontraram muitos desafios nesta missão. Um deles foi catequizar os índios da região entre o rio Real e o rio São Francisco, considerado “território de selvagens”. Lourenço é chamado á missão justamente com o objetivo de “apaziguar” os conflitos. Além das resistências dos índios, em que muitas aldeias queriam “cortar a cabeça do padre”, outro obstáculo as missões foram à presença de franceses na região. Além das dificuldades naturais, conflitos com fazendeiros e criadores de gado.

Aula 11: O mundo dos jesuítas-Parte II

Nesta aula ressaltamos o Concílio de Trento, as decisões e práticas adotadas a parti deste Concílio e a participação da Companhia de Jesus neste. O Concílio de Trento foi uma resposta da Igreja Católica à Reforma Protestante, sendo colocada em prática a partir da Conta Reforma. O Concílio possuiu três fases e vinte e cinco sessões. Situaram-se em dois planos: o da doutrina e o da disciplina na Igreja.
Antes das decisões do Concílio e conseqüentemente da Contra Reforma, a Igreja era basicamente dividida em dois planos, um em que estavam os franciscanos, jesuítas, capuchinhos mais direcionados à fé e cristandade. E em outro plano estavam bispos, padres, relacionados com indulgencias, fraudes, riquezas e lucros. É este que vai ser condenado por Lutero e Calvino e é aquele o qual o Concílio vai apostar para fazer a Contra Reforma.
O Concílio separou duas épocas, uma ante, medieval, em que a Igreja acumulou riquezas, e uma pós, na qual vai utiliza-se do catecismo, enviando missões para o Novo Mundo num desejo de expansão.
A vanguarda da reforma católica foi construída por ordens religiosas, principalmente pelos jesuítas e capuchinhos, os jesuítas em especial foram os que mais encarnaram o espírito da Contra Reforma emergente em 1545. Fazendo das missões um meio para concretizar as diretrizes defendidas pelo Concílio.
Munidos na fé e em nome da sua cultura, os jesuítas deixam Lisboa em 01 de Fevereiro de 1549 e vão para o Novo Mundo propagar o Catolicismo. Dom João III solicita a Companhia de Jesus para efetivar trabalhos de conversão dos índios na América portuguesa.
Segundo Glória Kok “as almas e as riquezas materiais configuravam-se como integrantes de um projeto único: o de enriquecer a Metrópole espiritualmente com almas e financeiramente com as benesses fornecidas pela natureza".

Aula 10: O mundo dos jesuítas- Parte I

Os missionários acreditavam que as almas dos indígenas estivessem subjugadas pelo demônio, através dos seus intermediários, os xamãs, os pajés, ou caraíbas. Os missionários insistiam, ao longo da evangelização, na afirmação da falsidade das obras dos feiticeiros e na verdade nas obras dos padres.

Os missionários, assim como diz o nome, realizavam missões e as mesmas significavam cruzar terras longínquas, conquistar territórios ocupados por inimigos da fé, libertando as almas presas nas garras do demônio.

Devemos também ressaltar a criação da Companhia de Jesus, fundada em 1540 pelo religioso Inácio de Loyola e outros, esse grupamento mais dinâmico da igreja católica, denominado "O exército do Papa", tendo como uma das principais metas, Procurar o proveito das almas, na vida e doutrina cristã, propagar a fé, pela pública pregação e ministério da palavra de Deus, pelos exercícios espirituais e obras de caridade, e  ensinar aos meninos rudes as verdades do cristianismo e consolar espiritualmente os fiéis no tribunal da confissão.

Aula 9: Lourenço, primeiro missionário jesuíta em Sergipe

Nascido em 1535, na Vila Real de Traz os Montes, em Portugal o padre Gaspar Lourenço foi o enfoque principal dessa aula. Chegando ao Brasil especificamente na Bahia, em 1550 com 15 anos de idade, sendo educado pelos jesuítas, por volta de 1553, entrou para a "Companhia de Jesus", se ordenando em 1560, aos 25 anos de idade e em 1575, aos 40 anos de idade, fazia missões em Sergipe e, é importante dizer que, ao chegar ao território sergipano, ele era um experiente em missões jesuítas no Brasil.
Outro fator de relevância sobre Gaspar Lourenço em Sergipe, ele foi designado para cá por que ele já possuía experiência na língua indígena e por que ele já era habituado em trabalhar palavra "pecado", afinal, ele já afixou na mente de outras tribos. O território sergipano é perigoso do ponto de vista do colonizador.
É importante também frisar, a importância dos mestres de Gaspar Lourenço como o padre José de Anchieta e o padre Leonardo Nunes, e o responsável pelo retorno dele, o provincial padre Luís de Grã, assim sendo, é importante afirmar o papel de relevância desempenhado por ele no território sergipano.

Aula 8: Os jesuítas na perspectiva da historiografia sergipana

Nesta aula, ressaltamos os “jesuítas” e “criadores de gado”, que queriam exploram os índios, cada um deles de forma diferente.
Os jesuítas utilizaram um processo lento com os índios, ou seja, um processo da “educação religiosa”. Segundo, Felisbelo Freire e Pires Wynne, ambos dignificam e olham de forma positiva o trabalho dos jesuítas, vendo como pregadores do evangelho, semeadores da fé. Os jesuítas vinham em missão de paz, com o objetivo de civilizar e catequizar os índios, conquistando-os através da palavra. Já os criadores de gado tinham a visão de que os índios eram animais, e que os jesuítas não utilizavam métodos práticos.

Aula 7: A colonização de Sergipe

Neste texto citamos o livro “Meu Sergipe”, de Elias Montalvão, como parte integrante de mecanismo sutis da construção de um novo modelo de ser sergipano, no incipiente processo urbano- industrial de Aracaju, nas primeiras décadas do século XX. Nesta época, Aracaju passava por mudanças no seu aspecto físico e, de igual maneira, uma elite escolarizada planejava a transformação do homem comum pobre através da escola.
 No livro Meu Sergipe, podemos observar como a escolha, o desenvolvimento de um tema e a forma como ele vai ser passado para os alunos interfere na interpretação de um fato histórico.
No primeiro capitulo do livro Meu Sergipe, Montalvão associa os índios como bárbaros, devoradores, ou seja, a idéia de que os índios são “animais ferozes”, enquanto o colonizador e visto como coitado. Outro autor que tem a mesma visão de Montalvão é o historiador Felisbelo Freire que se referi ao índio como selvagem, violentos e causadores dos males do colonizador.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

RESENHA DO LIVRO: Enforcados: O Índio em Sergipe

RESENHA CRÍTICA
FIGUEIREDO, Ariosvaldo. Enforcados: O Índio em Sergipe. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
 CREDENCIAIS DO AUTOR
Ariosvaldo Figueiredo Santos nasceu na cidade de Malhador a 28 de novembro de 1923. Chegado o momento dos estudos, passou a ser aluno do Colégio Tobias Barreto, onde estudo até o quinto ano, último ano que existia no Colégio Tobias Barreto, necessitava fazer os dois anos do curso complementar, conforme legislação educacional da época. Foi, portanto, estudar no Colégio Atheneu.
Estando no Atheneu, estourou a Segunda Guerra Mundial, fonte perene de altas discussões políticas pelos estudantes. A atividade política do estudante cresceu. Não é por acaso que, em 1937, na ditadura de Getúlio, nasceu a UNE. Foi a fase áurea da UNE, porque não havia uma luta partidária, havia uma luta política.
Em 1964 foi preso como comunista, afirmando que nunca foi e, em 1980, foi convidado por Albano Franco para ser seu assessor na CNI.
Ariosvaldo foi jornalista e membro da Academia Sergipana de Letras, um dos fundadores do Jornal Gazeta de Sergipe e Professor da Universidade federal de Sergipe. Faleceu em 16 de abril de 2008.
Obras de Ariosvaldo Figueiredo: “A vida é que conta” (1961), “Dialética do Sexo e do Amor”, ensaios (1975), “O Negro e a Violência do Branco”(1977), “Enforcados”(1981), “História Política de Sergipe” (1986), coleção e estudos, “Ciências Sociais, Barbárie e Socialismo” (1997), “Sergipe: Roça Iluminada”(2003), “Questões de Direito”(2006) e tantos outros.
RESUMO DA OBRA
Em relação ao título, a palavra “Enforcada” era o nome da atual nossa Senhora das Dores, e que surgiu a partir de uma lenda que dizia que há muito tempo, durante a colonização, alguns índios foram enforcados naquela localidade.
Neste livro, Ariosvaldo explica sobre o índio em Sergipe, estudo que, face a íntima e dialética relação entre o todo e a parte, não está alheio ao conhecimento do índio, no Brasil.
I CAPÍTULO: Índio e Empresa Colonial
O primeiro capítulo deste livro, o autor ressalta o grande valor da cultura árabe para o mundo ocidental. O autor aborda também, que as riquezas naturais do Brasil foram exploradas pelos portugueses. Outro pondo importante e que ouve um choque cultural, principalmente para quem, como os colonizados, não têm o hábito da discussão e da controvérsia, leva de uma forma ou outra os que servem a classe dominante ibérica, à negociação iconoclasta, furiosa, da comunidade silvícola dominante.
O autor fala ainda sobre o sofrimento da sociedade nativa, como o massacre étnico e os abusos sexuais sofridos pelas indígenas.
Ariosvaldo comenta também sobre o modo como a escravização dos nativos ajudou a fundar os primeiros engenhos de açúcar e sobre o modo como foi dividido o território nordestino.
II CAPÍTILO: Descoberta, Cultura Nativa e Exploração
No segundo capítulo, o autor comenta como era Sergipe no século XVI, um território “explorado pelos franceses”. O autor fala sobre o índio Tupinambá, o mais comum no litoral sergipano e os que mais tiveram contato com os europeus. O autor ressalta ainda, que os índios, também em Sergipe, ensinaram aos estrangeiros a fazer e usar uma rede, gamela, pote, pilão, beiju, farinha, mingau entre outros. Fala também sobre os diversos termos indígenas, e que os índios tem ódio das pessoas que falam diferente da sua língua, ou seja, só os amigos têm a mesma linguagem, e não foi por acaso que para conquistá-los os jesuítas tiveram que aprender a língua nativa.
O autor ressalta também, o pau-brasil, que era muito procurado é o grande negócio dos colonizadores, ou seja, um negócio montado com a escravização dos índios.
Ariosvaldo, comenta que no século XIX compreende-se com mais tranqüilidade, facilidade o acesso à costa e ao interior de Sergipe.
III CAPÍTULO: Os jesuítas, Luis de Brito e Almeida e a Guerra de Cristóvão de Barros
No terceiro capítulo, o autor comenta sobre a missão jesuíta em Sergipe, em que foram enviados padres para catequizar os índios. Os jesuítas tem  conhecimento do que ocorre, os índios agredidos pelas armas e a legislação portuguesa, que tudo faz para isolá-los, tática utilizada para facilitar a sua destruição. Ariosvaldo ressalta também a miscigenação que confraterniza homem, mulheres e culturas, fonte de espontânea e bonita bastardia.
O principal padre jesuíta que esteve em território sergipano, foi Gaspar Lourenço, não conseguiu desviar a cobiça pelas terras de Sergipe do então Governador Luiz de Brito e Almeida.
Luiz de Brito e Almeida, que foi sucessor de Mém de Sá, não persegue nenhum projeto de povoamento, não quer mudar os seus hábitos e costumes, nada tem a opor à escravização dos nativos, muito natural antes da sua chegada. Ele vem então para defender o seu patrimônio, escravizar os índios, matá-los se necessário. Após alguns anos da guerra cometida por Luiz de Brito e Almeida, os índios se rebelam e vingam as mortes, estupros e escravização sofrida na guerra.
IV CAPÍTULO: Sesmarias, Currais e História Traída
No quarto capítulo, o autor explica como aconteceram as doações de sesmarias em Sergipe. E não só os profanos, os religiosos disputaram com igual ou maior insistência as terras de Sergipe. Com a crescente avidez de bens matérias dos criadores de gado, que desejavam conquistar o interior de Sergipe e assim expandir as suas terras. Expande-se a fronteira pecuária, e se proliferam os currais, as tribos cedem lugares aos rebanhos. O boi vale mais que o índio, é mais importante do que o próprio homem. Os currais não demoram muito e começam a abastecer carne para a Bahia e Pernambuco.
V CAPÍTULO: Nascimento, Vida e Morte das Aldeias
No quinto capítulo, o autor comenta sobre o nascimento das aldeias, que são comunidades indígenas, aglomerações de nativos sob a direção e autoridade dos jesuítas. O jesuíta tem o intuito de unir os índios, assim diminuiria a sua resistência à colonização.
O autor ressalta também que os religiosos apoderaram-se da mão-de-obra indígena e com a substituição dos índios pelos negros, continuaram escravizados em prol do aumento de produtividade das grandes fazendas.
A Carta Régia de 1798 determina que os índios que não tem estabelecimento próprio e não tenham ocupação fixa, sejam compelidos ao trabalho público ou particulares. Já a resolução de 17 de julho de 1822 acaba o regime das sesmarias no Brasil, mais os índios continuam sendo agredidos.
Em 1854, é regulamentada uma lei que tratava sobre as terras que deveriam ser dos índios, mais na prática ela quase não era obedecida.
Ao longo dos anos, as missões foram deixando de existir. Portanto em 1851 o território dessas missões é incorporado ao território nacional, e os governantes argumentavam que não havia mais raça pura, que todos tinham se misturado à população.
VI CAPÍTULO: Últimas Aldeias ou Missões
No sexto capítulo Ariosvaldo comenta que apesar das atividades da pecuária e da agricultura já terem destruído os indígenas em sua maior parte, ainda há algumas aldeias restantes; e nelas o índio não é mais raça pura, é que já ocorreu uma miscigenação. E que a cada ano o território dos nativos vai diminuindo, por muitas vezes, são transferidos para outros locais, caso suas terras tenham despertado a cobiça dos fazendeiros. A Aldeia de Água Azeda é o território indígena que mais é cobiçado, O Barão de Estância, Antônio Dias Coelho e Mello ocasionou muitas querelas com os nativos dessa missão, exigindo ao governo a arrematação das terras da Aldeia para si. O autor ressalta também exemplos de Aldeias que sofreram abusos de proprietários de terras, como a Aldeia de Pacatuba e a Aldeia de Nossa Senhora do Monte do Carmo de Japaratuba.
VII CAPÍTULO: Aldeia de Porto da Folha: Índios e Remanescentes Xocós
No sétimo capítulo, Ariosvaldo ressalta os povos Caetés e Tupinambá juntamente com outras tribos que povoavam as margens do rio São Francisco. Umas das tribos os Aramurus, ganharam uma porção de terra à beira rio por ter ajudado ao fazendeiro da região a expulsar os holandeses da foz do São Francisco.
Os Xocós faziam parte das tribos da região do São Francisco e há relatos que haviam sido encontrados Xocós também em Alagoas, Pernambuco e Bahia. Esta tribo era constituída de poucas famílias e a partir do séc. XVIII são chamados de “índios silvestres”, pois já tinham entrado em contato com os europeus. Em 1878 os Xocós são expulsos da Ilha de São Pedro pelos proprietários rurais da região. As autoridades se acomodaram e nada foi feito em prol dos índios e para evitar brigas entre os proprietários solicita que as terras da Aldeia sejam tomadas para o Império.
VIII CAPÍTULO: Grito do Sertão
No oitavo capítulo o autor explica como ocorreu a miscigenação em Sergipe, e que no litoral predominavam os europeus e descendentes, mas no sertão a população era formada por mamelucos. Estes povos foram responsáveis pelo povoamento do sertão, e que são, pois os donos das sesmarias e, mais adiante, os grandes proprietários rurais viviam no litoral, onde a comunicação com Portugal e com a capital. São esses mestiços que se tornam os pequenos proprietários, que sustentam o micro mercado interno da região; e que são responsáveis pelo trabalho duro nas grandes fazendas. Com o índio se origina o antilusitanismo, que em Sergipe há um radicalismo incomum. Para os mamelucos ser nômade era mais compatível com a natureza indígena do que o sedentarismo característico da lavoura do litoral.
IX CAPÍTULO: Palavra Última
No nono capítulo o autor mostra quais eram os mecanismos para legitimar a apropriação das terras dos índios: inicialmente era por meio da violência, depois a transferência dos índios de uma Aldeia para outra, depois a elevação das Aldeias à vilas e por último com uma lei de 1850 que incorporava as terras indígenas ao patrimônio nacional. Ariosvaldo comenta também que o massacre indígena não escandaliza a sociedade brasileira, que na maior parte, era católica. Com o pavor da Reforma aos jesuítas visam mais conquistar crentes que salvar o homem. Por isso atualmente a Igreja é tão a favor dos índios e de todos os humilhados.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Seminário: Feira de Alimentos: Alimentação Portuguesa

O seminário foi ministrado por Rivaldo Ramos Silva e Kleberton Augusto Santana Soares.  A apresentação do seminário foi realizada na terça- feira, 18 de outubro de 2011, na Didática três na sala 110, no horário das 19h e 30min às 19h e 45min.
A dupla utilizou os seguintes recursos na apresentação: Vídeo, apresentação oral, folder e alimentos.
O objetivo tratado no seminário foi conhecer a gastronomia de Portugal na época da colonização do Brasil.
A dupla explicou sobre o ananás, ou seja, o abacaxi e as frutas européias. O ananás foi uma das primeiras frutas a serem levadas para as colônias portuguesas e espanholas. E o primeiro a encontrar esta fruta foi Colombo, na ilha de Guadalupe no ano de 1493. A dupla abordou também as frutas européias, e citou como exemplo: o limão, a laranja e o marmelo.

Seminário: Feira de Alimentos: Alimentação Indígena

O seminário foi ministrado por Flávio dos Santos Vasconcelos, Leandro Augusto Oliveira de Melo e Leandro Gonçalves da Silva. A apresentação do seminário foi realizada na terça-feira, 18 de outubro de 2011, na Didática três na sala 110, no horário das 19h e 13min ás 19h e 30min.
O grupo utilizou os seguintes recursos na apresentação: Vídeo, apresentação oral, folder e alimentos.
Os objetivos tratados na apresentação do seminário foram conhecer a origem da mandioca, a importância da mandioca como matéria-prima na produção de alguns alimentos.
O grupo iniciou a apresentação do seminário com a exposição de um vídeo, relacionado ao tema do seminário. Em seguida o aluno Flávio dos Santos, explicou sobre a origem da mandioca, ressaltando que bem antes da chegada dos portugueses ao Brasil, a mandioca já era à base da alimentação dos grupos indígenas, e que é originária do continente Americano, principalmente da região amazônica.
Flávio explicou também que, foi na forma de farinha e de beiju, que a mandioca começou a se espalhar por outros continentes. Por sua durabilidade, a farinha de mandioca, passou a ser o alimento básico, ou seja, fundamental para abastecer as frotas no novo mundo. Ele ressaltou também que, a mandioca teve um papel importante na missão de catequizar os índios brasileiros.
O aluno Leandro Augusto, explicou sobre a farinha de mandioca, ressaltando que os tupinambá tinha uma técnica ao comer a farinha, e isso impressionava os franceses. E que através da farinha, os indígenas faziam o beiju, que depois foi adaptado pelos colonos. Ele explicou que, existem vários tipos de beiju, e que eram consumidos nas longas viagens, e podiam resistir por muito mais tempo.
Outro alimento feito a partir da farinha é a tapioca, que é feita com uma goma que é extraída da mandioca, através de um processo. Outro alimento feito através da farinha de mandioca é o mingau, que em tupi significa comida que gruda, que e uma receita indígena que era apreciada pelos portugueses.
O aluno Leandro Gonçalves, concluiu a apresentação falando o “cauim”, um tipo de bebida fermentada à base de mandioca que eram feitas pelos tupinambá, e que eram utilizadas nos festejos destes povos indígenas.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Relatório do Seminário: Fontes Históricas, Fontes Arqueológicas

O seminário foi ministrado por Alison Oliveira, Felipe Trindade, Ítalo Duarte e Tavyla Laís. A apresentação do seminário foi realizada na terça-feira, 27 de setembro de 2011, na Didática três na sala 110, no horário das 20h e 10min às 20h e 38min.
O grupo utilizou os seguintes recursos na apresentação: Vídeo, apresentação oral, folder e fotografias.
Os objetivos tratados na apresentação do seminário foram conhecer a importância das fontes arqueológicas para o trabalho do historiador, e entender o uso da arqueologia no processo de pesquisa histórica.
O grupo iniciou a apresentação do seminário com a exposição de um vídeo, relacionado ao tema do seminário. Em seguida o aluno Felipe Trindade, explicou sobre a origem da História, ressaltando Heródoto (484- 424 a.C), e Tucídides (464- 401 a.C) que escreveu a História da Guerra de Peloponeso, ele ressaltou também que a arqueologia veio para auxiliar a história, e que a arqueologia deriva da história, tendo surgido como uma maneira de se disponibilizar das fontes escritas sobre o passado.
O aluno Alison Oliveira explicou sobre as fontes epigráficas e artesanato, e o surgimento da arqueologia. Já o aluno Ítalo Duarte, falou sobre as fontes arqueológicas e fontes escritas, ressaltando o acesso aos seguimentos sociais poucos visíveis, e citou como exemplo os seguidores de Jesus Cristo na Galiléia, falou também sobre as fontes arqueológicas e o estudo do conflito, que teve fornecimentos de indícios de conflitos e resistência.
A aluna Tavyla Laís, concluiu a apresentação explicando como se aprofundar no estudo das fontes arqueológicas, e o procedimento arqueológico, através dos relatórios de escavação e catálogo de peças, e as fichas de artefatos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Relatório do Seminário: Fontes Históricas: Registros paroquiais e civis

O seminário foi ministrado por Bruna Mota, Denilza Viana, Irineu Teixeira, Nathália Andrade e Tamires Ferreira. A apresentação do seminário foi realizada na quinta-feira, 15 de setembro de 2011, na didática três na sala 110, no horário das 19h e 20min às 20h e 10min.
O grupo utilizou os seguintes instrumentos na apresentação: data show, vídeo, quadro negro, giz, apresentação oral e folder.
Os objetivos tratados na apresentação foram conhecer a riqueza das informações contidas nos documentos de ordem civil e paroquial, a sua confecção e evolução histórica e sua importância para a história da região representada.
No decorrer da apresentação os alunos explicaram sobre os eventos vitais na reconstrução da história, os tipos de registros e suas especificidades, os procedimentos de procura e análise, os diários pessoais e suas especificidades.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Relatório do Seminário: Fontes Orais, Biográficas e Audiovisuais.

O seminário foi ministrado por Astromônico Santana Lima, João Rafael Fernandes, Leandro de Santana Santos e Saulo Vinícios Souza Barbosa. A apresentação do seminário foi realizada na terça-feira, 13 de setembro de 2011, na Didática três na sala 110, no horário das 20h e 24min ás 20h e 57min.
O grupo utilizou os seguintes recursos na apresentação: vídeo, giz, quadro negro, apresentação oral e folder.
Os objetivos tratados na apresentação do seminário foram conscientizar a todos da existência e relevância das fontes orais, biográficas e audiovisuais como fontes históricas.
No decorrer da apresentação os alunos falam sobre a importância das fontes orais para a Historiografia das classes menos favorecidas, os problemas no estudo das fontes orais, e formação da escrita. Em relação à bibliografia eles explicaram sobre as formas de apresentação das fontes biográficas e a aplicação biográfica na pesquisa histórica. Sobre as fontes audiovisuais eles explicaram sobre televisão e música, e que as fontes audiovisuais são objetivas e subjetivas.

Relatório do Seminário: Fontes Históricas: uso da memória, fotografia, literatura, testamentos, inventários e processos criminais.

O seminário foi ministrado por Silvia Maia de Oliveira, Abrahão Barbosa, Adriana Fonseca, Erick Matos e Fidel Santos. O seminário foi realizado na terça-feira, 13 de setembro de 2011, na Didática três na sala 110, no horário das 19h e 15min ás 20h e 24min.
O grupo utilizou os seguintes recursos na apresentação: vídeo e data show, slides para a exposição do tema, giz, quadro negro, apresentação oral e folder.
Os objetivos tratados na apresentação do seminário foram à importância das fontes históricas, ferramentas de trabalho do historiador, como forma de dialogar com o passado, procurar entender o contexto de uma época: social, econômico e político, através de fontes documentais como, por exemplo, as fotografias, os inventários, a literatura, o testamento e os processos criminais.
A apresentação teve iniciou com a aluna Silva Maia, falando sobre a definição de documento histórico, e exemplificou na carta escrita por Pero Vaz de Caminha. A escola dos Annales colaborou para o alargamento da noção de fonte. Em seguida, a aluna Adriana Fonseca falou sobre a fotografia, que é uma mistura de ficção e realidade, e a fotografia como obra de arte.
O aluno, Erick Matos falou sobre a literatura como fonte fecunda, o uso da literatura como fonte histórica, a criação da escola dos Annales, e que Pierre Nora e Jacques Le Goff, estimularam a pesquisa de novos documentos.
O aluno Abrahão, falou sobre os testamentos e inventários que são produzidos no contexto da morte de uma pessoa, e que estes documentos possuem informações da vida do falecido, bem como da sociedade em que ele viveu.
O aluno Fidel Santos, concluiu a apresentação falando sobre os porões do judiciário, o conceito de crime e os processos criminais no decorrer da história do Brasil.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Relatório da visita ao Memorial de Sergipe

A visita ao Memorial de Sergipe foi realizada na terça-feira, 13 de setembro de 2011, pelos alunos Jonas Carvalho da Silva Filho e Gilvan Vieira de Matos, no horário das 09h às 11h e 30 min.


Foto de Memorial de Sergipe - Bairro Treze de Julho por Apontador Cultural em 16/07/2009
Fachada do Memorial de Sergipe

O Memorial de Sergipe, mantido pela Universidade Tiradentes, foi inaugurado em 20 de janeiro de 1998. O Memorial é resultado de uma proposta acadêmica da própria Universidade para preservar a memória de Sergipe.


Entrada do Memorial


O Memorial possui um acervo váriado com aproximadamente 13 mil peças, distribuida em 13 salas, seguindo uma linha temática e cronológica, buscando expor a história de Sergipe desde o Período Pré-Colonial.

O roteiro de visitação do espaço, foi apresentada pelos estudantes da UNIT, Roberto Cavalcanti do 2º período no curso de História, e Wallace Douglas do 3º período do curso de História, que nos mostrou a sala que contém a História da UNIT, que monstra os primeiros cursos da instituição, que foram o curso de Técnico em Contabilidade e o curso de Administração de Empresas. A sala mostra também o primeio professor e aluno da instituição.

Fotos da Sala sobre a História da UNIT



Entrada da sala





  Foto dos alunos que se formaran em 1970

Primeiro professor e aluno da UNIT

Existe outra sala que mostra as manifestações culturais de Sergipe, que esta retratada pela Taieira e a dança de São Gonçalo.

Outra sala muito importânte fala sobre o arqueologo e paleontologo, José Augusto Garcez, e os materiais encontrados por ele como por exemplo: fósseis, igaçabas, objetos utilizados pelos índios. Esta sala esta dividida em Sergipe Pré-Colonial e Peleontologia.

Fotos da Sala de José Augusto Garcez



Igaçaba



 Instrumentos utilizado pelos índios

Outra parte do Memorial, fala sobre a Cartografia Sergipana, a Praça São Francisco de São Cristóvão e cédulas antigas do Brasil.

 A cartografia sergipana



 Cédulas antigas


Visitamos também a sala que monstra as personalidades sergipanas como por exemplo: Maria Feliciana, Leandro Maciel, Mamede Paes Mendonça entre outros.



Sala das personalidades sergipana

A sala sobre o Cangaço, e uma sala restrita que não se pode tirar fotos ou gravações, esta sala pertence a neta de Lampião, Vera Vieira. A sala mostra objetos utilizados no cangaço como por exemplo: armas de fogo, uma coleção de punhais, espadas, vestimentas entre outros objetos.

Existe também salas que monstram  a participação de Sergipe na II Guerra Mundial, o cotidiano sergipano, o artesanato, a literatura de cordel, medicina popular, gastronomia, máquinas rudimentares, mobiliários entre outros.

O museu dá destaque em especial para a sala onde comporta mais de 3 mil pratos e azuleijos pintados a mão, feitos por Rosa Faria.

Rosa Faria, nasceu em Capela-Se, em 08 de abril de 1917 e faleceu em Aracaju em 1º de maio de 1997. Foi professora do primário do Colégio Tiradentes, artista plástica, historiadora e apaixonada por Sergipe, dedicou parte de sua vida divulgando o passado e a cultura do Estado.

Em 17 de março de 1968, criou a Galeria Rosa Maria em Aracaju, nome que mais tarde transformado em Museu de Arte e História Rosa Faria. O acervo foi formado a partir de pinturas de sua autoria sobre telas e em especial, porcelanas, azuleijos, pratos, travessas, jogos de chá.

Foram reproduzidos documentos históricos, retratos de personalidades locais e nacionais, além de paisagens de municípios sergipano, nas suas pinturas.


Fotos da sala de Rosa Faria


Coleção de pratos, feito por Rosa Faria









Em virtude do que foi mencionado, o Memorial de Sergipe tem cumprido o seu papel social de reunir e expor os elementos da cultura sergipana, a fim de resgatar e valorizar a cultura local.

Valeu apena visitar o Memorial de Sergipe. Ele fica situado na Avenida Beira Mar, nº 626, Bairro 13 de Julho, e funciona na segunda-feira das 14h ás 18h, e de terça-feira ao sábado das 09h às 18h.